terça-feira, 29 de março de 2011

Dados Fornecidos pela Secretaria Municipal de Educação sobre a implantação do Ciclo de Formação Humana.Tema do I Fórum de Educação



1)   Como se deu a implantação do ciclo? Houve curso de formação para a equipe interna da Semec?
A implantação dos Ciclos de Formação foi antecedida por formação (1997 a 2001), busca de informações, debates, avaliações, análises críticas dos desafios pedagógicos, administrativos e financeiros decorrentes da realidade concreta da rede, pelas metas da Educação para Todos e pela nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Este foi um período intenso de estudos para a Rede toda e, em especial, para a equipe do Departamento de Ensino da Secretaria Municipal de Educação.
Os documentos que regulamentam os ciclos foram elaborados coletivamente por todos os professores, supervisores, diretores e equipe de ensino. O documento foi a normativa 06/2002 referente às quatro escolas que optaram pela organização por ciclos ao final de 1999 (Centro Popular de Ação Comunitária - CPAC São José, Escola Rosalino Antônio da Silva, Escola Parque São Jorge e Escola Rural Vila Paulista). Em final de 2000, a grande maioria das escolas optou pela implantação dos ciclos e, diante dessa decisão das escolas, o Secretário Municipal de Educação, Adilson José Francisco, declara implantado o regime de Ciclos de Formação que passa a ser uma política pública em consonância com a decisão das escolas. A implantação deu-se gradativamente substituindo as séries conforme a proposta de 23/08/2002 encaminhada com Protocolo nº 1.058.624 de 02/09/2002 ao Conselho Estadual de Educação, sendo regulamentada pela Normativa 16 de 19/12/2000.

2)   Quantos professores foram capacitados, inicialmente, para a implantação do ciclo?

Todos os profissionais da educação. Entretanto, os membros dos conselhos, diretores e coordenadores tiveram uma maior responsabilidade (uma vez que esses receberam um maior número de capacitação) para desenvolver formações na escola com todos os docentes, pais e funcionários. Porém, a ênfase maior deu-se junto aos coordenadores e professores concursados e atuando na pré-escola e anos iniciais. A formação dos professores dos Anos Finais ficou sob a responsabilidade do coordenador pedagógico que estaria incluindo-os na formação coletiva de cada unidade escolar.


3)   Os diretores das escolas também foram capacitados?

Sim. Aconteceram 17 cursos (porém nem todos sobre ciclos) específicos ao longo dos dez anos. Também todos os demais cursos da Rede que sempre estiveram abertas à adesão dos gestores.

4)   Como ocorreu a capacitação dos supervisores e coordenadores pedagógicos para a implantação do ciclo?
Institui-se, mensalmente, encontros formativos na SEMEC, além de encontros e troca de experiência nos polos. Também, o Departamento de Educação da UFMT desenvolveu vários cursos especificamente para os coordenadores.  Também foi organizada pelos mediadores de cada escola, uma pasta (vermelha), com toda uma coletânea de textos sobre ciclos para a auto formação.

5)   Como a Secretaria de Educação avaliou a implantação do Ciclo?
Ela manteve um acompanhamento muito próximo com as unidades escolares, com a implantação do Mediador que acompanhava semanalmente as turmas organizadas em Ciclo. Desde então, as avaliações são feitas em observação in locus, e, também através de trocas de experiências entre os coordenadores, os professores nas formações em análises, pesquisas com docentes com destaque para o Prof. Dr. Ademar de Lima Carvalho da UFMT, que socializou os dados em reuniões com os gestores e em contatos diretos com várias escolas. Além disso, temos, em 2010, a implantação do monitoramento das escolas onde dados colhidos são discutidos e analisados nos encontros de formação interna do Departamento de Ensino Fundamental.
Também acompanhava a discussão da elaboração das normativas de lotação dos docentes, onde ficava evidente o não prosseguimento dos professores nas fases subseqüentes do ciclo.

6)   Há avaliação sistemática do desempenho acadêmico dos alunos dentro dos ciclos de formação humana?

Sim. Desde 1999, Sistema de Avaliação do Ensino Fundamental da Rede de Ensino Municipal – SAEFREM, renomeado para Sistema de Avaliação do Ensino Fundamental – SAEM interno e externo em 2003. Temos ainda dados da Prova Brasil (4º ano e 9º ano) e da Provinha Brasil (2º ano).



7)   Os resultados em relação ao processo ensino/aprendizagem dentro do ciclo são mensuráveis?

Alguns resultados são mensuráveis especialmente os dados resultantes dos diagnósticos inicial, medial, final e externo. Salientamos que, nos Ciclos, (os dados obtidos pelas) avaliações buscam predominantemente dados qualitativos, onde cada aluno é avaliado em relação aos seus progressos, os quais têm mostrado avanços na educação da Rede.

8)   Levantamento:
I – N° de cursos trabalhados com os professores da Rede: Foram desenvolvidos 174 cursos pela Semec.
II – N° de cursos trabalhados com os coordenadores da Rede: Foram desenvolvidos 27 cursos específicos sendo que estes poderiam ter participado de todos os demais cursos desenvolvidos pela rede.
III e IV – Foram aplicados 08 processos de avaliação externa. Cada processo externo avalia, por amostra, alunos das terceiras fases de cada ciclo. Desde 2003, as escolas realizam o SAEM Interno com todos os alunos em 3 momentos diagnósticos distintos:
Saem Inicial – fornece dados sobre o domínio curricular real dos alunos e tem a finalidade de orientar os planejamentos, as necessidades educativas e de apoio de cada aluno para o 1º semestre letivo. É o momento de estabelecer metas.
Saem Medial – permite a realização de uma análise comparativa dos avanços promovidos e um diagnóstico para planejar as intervenções pedagógicas para o 2º semestre letivo. É o momento de reafirmar, rever metas.
Saem Final – permite uma visualização entre os desempenhos iniciais dos alunos de cada turma e dos avanços nos desempenhos propiciados pro um ano de escolarização.
É altamente recomendável que haja um envolvimento muito presente dos coordenadores e do (a) diretor (a), do Conselho Escolar, dos pais e alunos. É o momento de avaliar a concretização das metas propostas.